O
último clarão
Teu brilho, que outrora iluminava
caminhos, desvaneceu-se como uma lâmpada prestes a se apagar. Não há mais
centelha na fiação que um dia pulsava energia. Agora, ela repousa inerte, fria,
sem força.
"A lâmpada do
corpo são os olhos; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá
luz." (Mateus 6:22).
Diz-me, então, o que
acontece quando a luz se esvai dos olhos e tudo ao redor se torna apenas
sombra?
Já não há corrente que
te sustente, nem faísca que reacenda o que foi perdido. O que era claro agora
se dissolveu em penumbra, e tua alma, como um fio partido, espera por um sopro
que a faça reviver.
Mas lembra-te:
"Porque contigo está o manancial da vida; na tua luz veremos a luz."
(Salmo 36:9).
A noite pode parecer
infinita, mas há uma promessa além da escuridão. O brilho que se foi pode
retornar, se buscas a fonte verdadeira. Pois aquele que clama por luz jamais
ficará na treva para sempre.
Talvez este seja apenas
um instante, um aviso, uma pausa entre o último clarão e o primeiro
renascer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário