A Luz que
Brilha no Latão
(Poema lírico
com ironia)
Buscam fulgor
no metal polido,
reflexo raso,
brilho fingido.
A luz que em si
mesma arde e guia —
ah, essa cega à
luz do dia!
Pois quem
reluz, mas não ilumina,
serve à
vaidade, não à sina.
A turba aplaude
o falso ouro
e esquece o Sol
— luz sem decoro.
Enquanto o dia
canta alto,
a luz do latão
sobe ao palco.
E a verdadeira,
calma e serena,
passa ao
lado... ninguém a pena.
Mas ai! Quando
cair a noite,
com lobo à
espreita e alma à foice,
quem brilhará
em meio ao breu?
O latão ou o
céu?
A chama pura,
mesmo esquecida,
será farol na
hora da partida.
E o que reluzia
só na festa
verá a treva
lhe cobrar resposta.
Por: Cezar Jr. Gomes
Nenhum comentário:
Postar um comentário