"O Frágil Legado"
Ai dos que
impõem as mãos com leviandade,
dos que ordenam
sem zelo,
dos que sem
discernimento multiplicam ministérios
como quem
semeia espinhos em terra fértil.
Levantam-se
tronos sobre areia movediça,
edificam
castelos sobre vaidade e presunção,
ungem o
imaturo, o insubmisso,
e chamam isso
de visão.
Não discernem o
tempo da prova,
nem conhecem o
peso da unção.
Transformam
púlpitos em palcos,
e a formação em
deformação.
Como
Nabucodonosor erguiam estátuas de ouro,
mas o ouro é de
latão,
e a glória que
ostentam se despedaça
ao som da
trombeta da correção.
Estes líderes
são como pastores que jamais cuidaram do rebanho,
mas reproduzem
sua negligência em escala,
forjando
discípulos sem cruz,
apóstolos sem
altar,
profetas sem
joelhos,
evangelistas
sem lágrimas,
mestres sem
doutrina,
e pastores sem
amor.
Porque se
esqueceram do que está escrito:
“Não seja
mestre muitos de vós, sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tiago 3:1).
Mas fazem-se
mestres sem temor,
e com a mesma
pressa com que subiram, cairão.
Oh geração que
forma líderes como o ferro forja o barro,
sem fornalha,
sem moldura, sem tempo!
Fazem da
impaciência um método,
e do
pragmatismo um evangelho.
Mas virá o
tempo — e já é chegado —
em que o Senhor
dos Exércitos visitará os altares profanados,
e as mãos
apressadas serão pesadas na balança da santidade.
E ouvirão como
Belsazar:
“Pesado foste
na balança, e foste achado em falta” (Daniel 5:27).
Oh, que volte o
temor aos formadores de homens!
Que se ensine
mais o quebrantamento que a técnica,
mais o secreto
que o espetáculo,
mais a Palavra
que a performance,
mais o caráter
que a competência.
Pois só
permanece o que é gerado no fogo da renúncia,
e só lidera de
verdade quem primeiro foi liderado por Deus.
PENSE NISSO!
POR: CEZAR JR GOMES
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