Servo com Excelência: A Honra de Ser o Menor
Na contramão de
uma geração que busca holofotes e palmas, ressurge, das páginas santas, o
perfil do servo segundo o coração de Deus: humilde, oculto, fiel e excelente.
A Escritura Sagrada não exalta o que se exibe, mas o que se consagra; não
engrandece o que domina, mas o que serve. Servir com excelência, portanto, é
mais que ação é disposição de alma.
Jesus, o Logos
encarnado, lavou os pés dos discípulos, marcando com água e humildade a trilha
do verdadeiro ministério: “Em verdade, em verdade vos digo: o servo não é maior
do que seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou” (João
13:16). Servir é seguir os passos d'Aquele que, sendo Senhor de tudo, fez-Se
servo de todos.
É o servo que,
mesmo depois de haver feito tudo o que lhe foi ordenado, diz: “Somos servos
inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer” (Lucas 17:10). Não há
vanglória no coração rendido. O serviço não é ocasião para engrandecimento
pessoal, mas um altar de sacrifício, onde a carne é posta em silêncio e o
Espírito age com poder.
A excelência do
servo não se mede por títulos ou palmas, mas pela fidelidade em oculto, pelo
zelo silencioso, pela reverência a seus líderes, conforme a exortação paulina:
“Os presbíteros que presidem bem sejam considerados merecedores de duplicada
honra” (1 Timóteo 5:17). Honrar os pastores e líderes espirituais não é mera
etiqueta eclesiástica é mandamento.
Mais ainda: o
apóstolo exorta que “tudo quanto fizerdes, fazei-o de coração, como ao Senhor,
e não aos homens” (Colossenses 3:23). A excelência no servir brota do
reconhecimento de que cada tarefa, ainda que aparentemente simples, é realizada
diante do olhar atento de Deus.
Não se deve
fazer nada por vanglória, ou movido por contendas, como nos adverte Filipenses
2:3: “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade,
considerando cada um os outros superiores a si mesmo.” Eis o caminho estreito
do serviço verdadeiro: despojado do ego, revestido de humildade.
O servo
excelente não espera reconhecimento terreno. Ele sabe que “no Senhor, o seu
trabalho não é vão” (1 Coríntios 15:58). Ele entrega-se com alegria, pois “Deus
ama a quem dá com alegria” (2 Coríntios 9:7). O servo excelente entende que sua
recompensa está nas mãos do Senhor e não nos aplausos humanos.
Ele não se
apressa em descansar enquanto o Senhor ainda trabalha: “Porventura dirá o
senhor ao servo: Vem, assenta-te à mesa, antes de me servires?” (cf. Lucas 17).
O servo espera seu Senhor concluir, porque sabe que o descanso verdadeiro está
na obediência completa.
A excelência no
serviço não é uma busca de status, mas de conformidade com o caráter de Cristo.
O maior é o que serve. O primeiro, o que se faz último. E o que deseja ser
grande no Reino, que se faça servo de todos.
Pense Nisso!
Por: Cezar Jr
Gomes
Nenhum comentário:
Postar um comentário